terça-feira, 31 de julho de 2018

Encerramento da época 17/18

Para fecharmos a época, e já em período de descontos com os olhos postos na nova temporada, eu, Jonny Jumper e Mestre Luiz fomos à descoberta de novos trilhos lá para os lados de S. Sabagudo ou S. Salvador, com talvez seja mais conhecido.

Jonny Jumper
Mestre Luiz e eu
Tal como nos demais despostos, para os encerramentos de época apresentam-se ao serviço os melhores titulares ...
Sempre deliciosa esta passagem junto ao Rio Ferro  
Tivemos de dar meia-volta, mas o sítio é bonito!
BBC Nature by Gama Lobo
Trepamos e voltamos para baixo ... mas podia ser uma boa solução.

Aqui trepamos a sério ... junto ao Marco Geodésico S. Sabagudo
Subida muito técnica
Uma geral da coisa.
Lá no alto, pausa para a habitual bananinha.
A descida, não menos técnica, e superdivertida
Passagem fantástica
Ups!
Pedrinhas boas ...
Já na ligação a Jugueiros
 Ainda houve tempo para mais uma ou outra subidinha

Uma descida nossa conhecida, mas que já não fazíamos há muito tempo
Ciclovia ...
... em ritmo acelerado ...
 ... para encerrar ...
... com uma bela cervejinha geladinha na Praça da Oliveira.

Seguem-se as habituais atividades de verão, em Vila Praia de Âncora, como a peregrinação à Sra. do Minho em finais de agosto entre outras.

BOAS FÉRIAS.

sábado, 21 de julho de 2018

Conta-me como foi ...

(2008 - 2018)


O enquadramento


Corria o ano de 2008 e uma dezena de amigos, jovens e em excelente forma física, decidiram aventurar-se na tentativa de ligar, o mais possível por trilhos, a Cidade Berço ao Santuário de Nossa Senhora da Lapa, Sernancelhe.
Foi uma aventura de 2 dias, 135 km e um acumulado de subida de cerca de 3000 m.
Desde lá até então, aconteceram umas quantas aventuras, batizadas de "XPD", e este ano não quisemos deixar de assinalar o 10º aniversário dessa 1ª Edição.
Como as máquinas que usamos hoje são assistidas, nesta "reedição" alteramos bastante o percurso, aumentando substancialmente o grau de dificuldade e o acumulado de subida.








A crónica


DIA 1 - Guimarães / Peso da Régua


Depois de duas semanas de calor intenso, o dia 30 de junho amanheceu assim:
As previsões eram de chuva forte e trovoada, e ainda ponderamos adiar, mas optamos desafiar o S. Pedro e seguir em frente.
Nada como uma boa dose de otimismo matinal ...
A bicla do Vulcão, talvez reflexo das "voltinhas" que tem dado ultimamente, dizia que tinha autonomia para 169 km (eh!eh!eh!)


Reflexo do Rider

Ainda não eram 7:00 (a hora marcada para a partida) e os três Vimaranenses já se apresentavam à porta da Capela S. Miguel, onde foi batizado o nosso primeiro Rei.

Uns minutos depois, estava o grupo todo reunido

Atinamen apresentou-se com modelito primavera/verão 2018 a fazer conjunto com o quadro da sua máquina.

Habitual Manelfie.
Esta foi na partida (não sei se houve à chegada ...)

Os presentes (ou resistentes) na XPD 2018 - Guimarães / Senhora da Lapa:
Da esquerda para a direita: Nel, Atinamen, Jonny Jumper, Cientista, Vulcão e Keytas

Em modo "recuerdo" fica o grupo de 2008:
atrás: Atinamen e Zequinha;
frente, da esquerda para a direita: Xani, Pegatinas, Vulcão, Flecha, Keytas e Nel;
atrás da lente: Lambão
Primeira parte, rolante, pela nossa bem conhecida ciclovia Guimarães / Fafe, da qual saímos em Fareja
Também passamos por trilhos que fazem parte nas voltas dominicais, como este, em Jugueiros.
Primeira paragem, para café ...
 ... no café Gondim, em Gondim (quem diria)
Nevoeiro fez-nos companhia ao longo dos primeiros quilómetros, aqui perto da Senhora do Pinheiro, nos arredores de Felgueiras. 
Subida longa e técnica para o Alto do Zé do Pinheiro, perto das Minas do Seixoso
Cientista não estranhou a máquina emprestada e trepou na perfeição, mas o mesmo não se pode disser daquela malta lá para trás ...

 
Em dia de jogo da Seleção Nacional, Vulcão veste adereço de apoio.
Esta cara de poucos amigos do Nel, deve-se a um pequeno e inexplicável problema técnico, mas que foi rapidamente solucionado pelo Cientista.


De repente, assim do nada e no meio do nada, surge uma espécie de pista de downhill para crianças, com algumas coisas estranhas, como saltos em subidas ...
Soltamos a criança que há em nós ...
... brincamos, mais para a fotografia do que para outra coisa.
Vulcão "in"
and "out"
and "fashion" (ou não)
Leds em modo psicadélico na bateria do Cientista, mas ainda bem que o problema esteve só nos leds.
Passagem muito bonita, junto a uma quinta na Chapa de Baixo (Amarante)
Vulcão
e o resto da malta
um pouco mais a baixo ...
 ... passamos nesta zona mais fresquinha.
E aqui já no acesso à bonita ciclovia do Tâmega

Uma excelente requalificação da antiga Linha do Tâmega, e que liga Amarante a  Arco de Baúlhe sempre na margem direita daquele rio.
Fizemos pouco mais de 2 km, dos quase 50, que esta ciclovia tem, mas mesmo assim paramos a meio ...
 ... na Tasca da Estação de Gatão
Mas como ainda era muito cedo, ficamos pela mini e combinamos lá voltar para comer o maravilhoso bacalhau no tacho
 O antigo edifício da estação, em muito bom estado de conservação.
 JJ
Atinamen a preparar a fotografia que não saiu (bem)
Quinta de Pascoaes, Amarante
Aqui o percurso (retirado de um passeio local) apontava para um portão fechado ...
... mas, por sorte, e com as orientações de uma das proprietárias da Quinta, uma simpática Senhora no seu bonito Fiat 500, seguimos uma alternativa ...
 ... igualmente pelo interior da Quinta.
Aliás, quase dentro de casa!
Com passagens em recantos muito interessantes
Como este ...
... uma espécie de "quarto namoradeiro"
Vulcão a sacar ...
Um exemplar extraordinário.
Não sei de que espécie, mas terá umas centenas de anos.
Já na saída da Quinta.
E ainda não era meio-dia e já estávamos na Ponte de S. Gonçalo em Amarante
Tal como há 10 anos ...
A Adega Kilowatt foi paragem obrigatória.
Agora até talvez tenha um significado mais especial e/ou apropriado ...
Sande de presunto e malga de verde tinto.
Maravilha!!
Os nossos kilowatts ... os outros estavam reservados para mais tarde.
Saúde!!
E quem é que apareceu, outra vez, 10 anos depois, quem foi?
Ele mesmo!
O Zéquinha ... agora transformado num corredor de maratonas ultra leve e rápido.
Tão rápido que passados 5 min de conversa já não estava lá ...
(aparece Zéquinha que és bem vindo)
Estacionamento à porta da Adega
Moustache 2, Trek 2, Scott 1 e Specialized 1
Ainda estávamos na Adega Kilowatt e já o Ima nos estava a ligar da Tasca do João
E cerca de 3 km depois, de valente subida é certo, e já estávamos com os pés debaixo da mesa outra vez ...
Havia que dar de comer ...
... beber ...
... e eletrificar ...
 ... todo o tipo de animais.
Um pequeno momento de relax e convívio.
Até porque a alimentação das "meninas" é mais lenta que a nossa.
Pois muito bem, digestão meia feita, 3 km de estrada (dos poucos que fizemos), e toca a subir durante looooongos 18 km nas duras encostas do Marão
Havia que passar da cota 150 m em Gondar para os 950 m, perto do Marco Geodésico da Chorida, na Serra do Marão.
Nel, foi recuperando o ânimo ao longo do dia ...
Parece que os ares do Marão lhe fazem bem!
Passagem por uma das zonas mais altas do dia
Aqui o pensamento já estava nas descidas e no jogo da Seleção Nacional
 Não há "Organizações Keytas" sem passagens destas ...
.... e esta era de altíssima qualidade, não faltava nada: ortigas, silvas, picos, fetos, água, lama ...
 Mas sucedia-se uma trialeira muito engraçada e técnica
JJ estava maravilhado.
Sim, sim, ainda temos de subir mais qualquer coisa ...
Vamos lá!
 Atinamen também esteve muito bem, física e animicamente.
Na parte final da trialeira, a chegar a Basseiros (Baião)
Algures entre Bustelo e Murgido, onde, e para quem se lembra, na primeira edição houve um stress com falta de água ...
 A Tasca de Murgido onde acabamos com o stock (de duas garrafas) de Compal.
Dissemos à Senhora da Tasca que tínhamos estado lá 10 anos antes e que a bebida fora a mesma e também, por rotura de stock, não teria chegado para todos.
Resposta: "Vejam lá se para a próxima demoram menos para cá voltar, porque daqui a 10 anos já cá não estou ..."
Congestionamento ...
O Cruzado JJ na famosa calçada do Cristo ...
Mas desta vez havia outro ânimo na subida ...
Ainda nas bordas do Marão, entre Murgido e Mafómedes
Paisagens fantásticas!
Sim JJ. É mesmo para aquele estradão lá ao fundo que vamos.
JJ - Estão a ver? Mesmo, mesmo lá longe!!
Atinamen - Então but!

Não paramos na Tasca do Valado, em Mafômedes, porque o pensamento já só estava no Peso da Régua ...
km 80. Cota: 850 m.
Nel entra nos últimos 20% de bateria e estávamos numa ligeira pendente positiva, sendo certo que a descida final estava próxima.
Vulcão e Nel trocam de bateria num negócio, que segundo consta por aí, ainda hoje está por encerrar!?
 Atrás de mim, lá no alto, são as antenas da Sra. da Serra do Marão.
Troca feita ... vamos lá que o Douro está lá em baixo à cota 50 e nós estamos na 850!!
Reagrupamento após uma descida vertiginosa, técnica e cheia de pedra solta ...
Saíamos da montanha e entravamos na paisagem vinhateira do Douro
Só agora, perto das 18:00 é que o S. Pedro se preparava para a verdadeira chuva ...
(obrigado S. Pedro!)
Tradição é tradição. A parte final manteve-se como na primeira edição ...
... e descemos o lindíssimo trilho por entre as vinhas do Solar da Rede
 Lindo! Lindo!
 Lá em baixo o apeadeiro da Rede, da Linha do Douro.
Um trilho 5*, divertido e muito bonito
 À ganancia ...
Cá estou, mais o JJ, à entrada do Peso da Régua
E aqui estou, com o Flecha, 10 anos antes ... com menos 10 kg (no corpo e na bicla)
Nel e Vulcão
(Aqui não faço quaisquer comentários aos kg ...)
Terminamos o dia, como seria de esperar, a ver o jogo Portugal - Uruguai.
Restaurante Gato Preto, que além do Anfitrião também tivemos o prazer da companhia do Roberto, que nos deu a provar um excelente Mãos Reserva Tinto.


Resumo do dia em números: 96 km, 3150 m (sim, 3150 m!!) de subida acumulada, partida às 7:15 de Guimarães e chegada às 18:00 ao Peso da Régua.

Enquanto jantávamos caiu uma valente carga de água ... mais uma vez obrigado S. Pedro!



DIA 2 - Peso da Régua / Santuário Senhora da Lapa
O dia amanheceu novamente quente a nublado, mas mesmo assim parecia melhor que as previsões que eram igualmente de chuva forte e trovoada.
O grupo à porta do Hotel
9:00 - Hora de partida
9:01 - Primeira paragem (do outro lado da Rua)
As manas Trek
Perspetiva das montanhas que iríamos trepar ...
Magnífica Ponte Velha da Régua

Vulcão voltou a vestir a cores da Bikezone
Foto de grupo sobre o Douro
Deixamos a Régua para trás e trepamos pelas fantásticas vinhas da Quinta de Sta. Bárbara
Em poucos metros já se notava a diferença de cota para o Rio
 Ladeamos a Quinta do Garcia, já nos 200 m de altitude
Nos primeiros quilómetros da manhã, deixei-me ficar na cauda do pelotão
Fantástico Douro Vinhateiro
Quinta do Vale da Lájea
Num zig-zag de vinhas até à cota 400.
Nel, que neste segundo dia parecia outro ... deve ter sido do Mãos!?
Parada do Bispo
Lindo! Lindo!
JJ, grande foto!
 Nel, em destaque
Eleita a melhor fotografia do XPD2018.
E eis que chega o melhor trilho do dia ...
 ... um dos melhores trilhos de sempre ...
 ... um singletrack, num socalco da Quinta do Balteiro ...
 ... sobre a vinha, numa encosta muito ingreme com vista sobre o Rio ...
 ... na crista de um muro com uma altura superior a 4 metros ...
 ... passagens estreitas ...
 ... por vezes ainda mais estreitas, por derrube do muro de cima ...
 ... outras havia sem visibilidade (um pouco assustador) ...
 ... magnífico!
Sem dúvida uma das melhores passagens de sempre destas nossas aventuras ciclísticas.
...

...

Imagens falam por si ...
 Final do trilho, em Balteiro.
...

 Cota 500. Alto não sei, mas custou a cá chegar.
Sem dúvida um rico património este nosso Alto Douro Vinhateiro.

Balteiro
Terminadas encostas de vinha, entramos nas intermináveis quintas de maçã e cereja
Ataque à fruta da época
Parecem melros
 Foram vários os reforços alimentares de fruta da época, a maravilhosa cereja!
Vulcão com a bebida oficial numa esplanada em Barracão, para uma paragem técnica e de reavaliação do percurso.
Parece, mas não é cerveja, mas sim Compal com 7Up.
Mais uma vez, cumprimos a tradição, e lá fizemos um pouco de estrada para ganhar tempo.
Sra. da Lapa 2018

Sra. da Lapa 2008

Mal acabamos de tirar a fotografia à chegada começa a cair uma carga de água monumental ...
Mais uma vez obrigado S. Pedro.

Esperámos pelas famílias, pela comida e pela roupa seca abrigados neste pequeno arco junto ao Santuário

Ainda não tinham chegado as famílias e já a chuva tinha passado.
As biclas pareciam ter sido lavadas

Vulcão ainda com o equipamento completo, depois dos 54 km, com cerca de 1800 m de subida acumulada, desta segunda etapa.

Vulcão e Cientista

Apesar de ter parado de chover, não havia condições para pic-nic, pelo que, e tal como em 2008, fizemos o repasto na sala gentilmente cedida pela Irmandade da Lapa.
Uma feijoada maravilhosa feita pela Tia Júlia, salada gourmet da casa Almeida, quiches da casa Machado, o bolo de chocolate mundialmente famoso, panadinhos vulcanizados, muita fruta (incluindo cerejas apanhadas pelo caminho), etc ...
Uma deliciosa refeição, na melhor companhia e bons momentos de convívio entre famílias.

Carregado o material e equipamento, rumamos de volta a casa.

Resumo do dia em números: 54 km, 1800 m de subida acumulada, partida às 8:30 do Peso da Régua e chegada às 14:00 ao Santuário Senhora da Lapa.

Resumo final: 150 km e pouco mais de 5000 m de subida acumulada.

Nota: Esta foi a primeira (espero que de muitas) aventuras de longa distância feitas em eBike, e que, com alguma sorte, acabou por correr muito bem, nomeadamente na gestão das autonomias, atendendo ao acumulado de subida feito, à diferença de modelos das biclas e aos pesos dos atletas.

Próximo destino será ..... (?), ali por altura de finais de junho início de julho de 2019.