sábado, 28 de abril de 2018

Volta de 25 de Abril | Gerês/Xurês - Minas das Sombras

Com alguns dias de atraso, cá vai a história da extraordinária volta na raia do Parque Nacional Peneda Gerês, onde percorremos trilhos magníficos, com exuberantes paisagens e onde pusemos à prova estas máquinas diabólicas que não param de nos surpreender ...
O Grupo, que foi constituído por:
 Keytas
 Vulcão
 Cientista
 BZ Boys, Vítor e Ima
 Lima, o "confirmador"
 Pegatinas
 Meia Volta
Nel
À hora marcada, 9:00, todos estavam no ponto de partida, em Los Baños, Lobios.
Vulcão, como sempre, pronto para a ação!
 Primeira parte havia que subir ...
 ... muito ...
 ... mais concretamente 700 m em 11 km.
Grande parte em estradão, mas com algumas (poucas) zonas mais técnicas onde dava para animar um pouco
Nesta rampa, a primeira peripécia do Pegatinas, onde segundo consta teve para esmagar o Nel ...
 O Lima, subir é com ele!
Vulcão à espera do grupo do bowling (onde a bola era o Pegatinas)
Uma das passagens mais interessantes da subida à Sierra de Santa Eufémia
Depois de alguns quilómetros a subir intensamente, só de ebike é que é possível desfrutar de zonas técnicas como esta
Uphill Fun
Nel no ataque à zona mais difícil
"Mais uma ficha, mais uma rampinha"
"Suba menina, suuuba!"
Reagrupamento no alto de A Chan de Onás (1090 m de altitude)
Já sabia bem uma sombrinha ...
 Soberbo!
Reabastecimento no alto de Canda, onde começaram a aumentar as preocupações do Vítor ...
Relax ...
Ima, o retornado, a dar as primeiras pedaladas elétricas
Dupla Bikezone, ainda unida, e animada ...
(mais à frente a animação manteve-se, mas só o Ima)
Primeira descida, primeiros percalços ... o Vítor quase se mata (não há registo, mas há relatos) e o Cientista furou. 
Nel - "esse é o mesmo pneu que furou três vezes em Mondim?"
Manelfie
Praticamente na linha de fronteira no Cabeço de Palheiros, tínhamos esta vista sobre a Mata de Albergaria e Albufeira de Vilarinho das Furnas
Um Hino à Liberdade.

Arrancamos em direção à Portela do Homem e tivemos o segundo e último (felizmente) furo do dia
Quem mais?
Vulcão, claro.
Armada:
3 Moustache, 2 Trail e 1 Race, 3 Scott, 2 eGenius e 1 eSpark, 2 Specialized Levo e 1 Cannondale Moterra
Portela do Homem
Pegatinas, sempre o mais alegre
Depois de termos descido dos 1090 para os 700 metros, tínhamos agora pela frente uma longa, mas suave subida, com quase 15 km até ao sopé das Minas das Sombras  
Foi neste percurso que o Vítor não conseguiu ultrapassar o seu pavor a "bateria sem carga" e optou por dar meia volta e regressar à Portela do Homem quando já tinha percorrido mais de 2/3 da subida, não obstante da minha insistência para não o fazer ... 
Perdeu isto.
Perdeu a melhor descida da volta, e, para mim, a melhor descida de sempre.
Sabia que a minha credibilidade andava baixa, mas nunca a imaginei nas rua da amargura ... talvez este episódio ajude a aumentar!?  
E ali estava ele, o Trilho das Sombras, e o GPS confirmava, era mesmo por ali! 
A observar o trilho e a fantástica envolvente
Pegatinas - "É mesmo por ali?"
 Vulcão - "Eu vou já a direito ..."
Vulcão - "Talvez seja melhor atacar pela esquerda, e depois ..."
Grupo, agora reduzido a 8, contemplava o Trilho















Agora com o fotografo em modo selfie
Mas antes de atacarmos o Trilho das Sombras, ainda fomos conhecer as Minas das Sombras, e para isso havia que vencer 200 m de desnível em cerca de 1,5 km ... 
 ... neste tipo de terreno!
Terrível, muito exigente, para nós e para a máquina, mas um desafio fantástico.

Nota para o Vítor: Repara no nível da bateria e nos km (30), o mesmo com que cheguei a Los Baños com 43 km. Ou seja, só precisavas de bateria para mais 5 km.
Junto à entrada da galeria maior do complexo mineiro
#moustachebikes
Nel, quase a chegar aos 1215 m de altitude.
Vrrruuuuummmmm
 Pegatinas, em modo mineiro
Ainda exploramos o interior da galeria
Foto do dia: by Ilcapo, que eu tomo a liberdade de batizar: "do interior da mina"
 Contraluz, by Vulcanic
O Guardião das Minas
Apesar do estado de abandono, é um local onde dá vontade de passar por ali umas horas a vaguear e a explorar, com sensações antagónicas, uma vez que trata de uma exploração mineira no coração do que é hoje uma paisagem protegida. 
 Menina estás à janela.

Ao fundo, são bem visíveis os escombros das diversas galerias do complexo.
Admitindo que a história destas minas é semelhante à das Minas dos Carris (a pouco mais que 1 km de distância), conforme é relatado no livro "Minas dos Carris - Histórias mineiras na Serra do Gerês" de Rui C Barbosa, a exploração de Volfrâmio, molibdénio e estanho terá terminado em meados da década de 70, após a falência da empresa britânica Mason & Barry em 1968.
Momento de introspeção, para dar início à subida dos índices de adrenalina
O trio que juntando o Nel, teve a ousadia de levar as suas ebikes até às minas.
O trilho tinha zonas assim boas de rolar, mas muito poucas.
Ao fundo, as ruínas do Posto de Transformação Elétrica.
Cientista foi verificar as ligações
E depois?
Depois foram mais de 5 km disto ...
 ... muita pedra ...
 ... zonas técnicas, onde também não se podia aumentar muito a velocidade face ao risco de cair na ribanceira do lado esquerdo ...
 ... concentração máxima.
Os 9 km, com 835 m de desnível (1215 para 380), foram percorridos em 1H20m, mas com duas ou três paragens para respirar e retomar forças nos braços.
Grande parte do percurso entre as Minas das Sombras e a Ermida de Nossa Senhora do Xurês, foram assim  
 Por vezes a coisa "alisava", que sabia muito bem para aliviar os braços
 Visto ao perto não é assim lisinho, lisinho!
 Meia Volta, que desta vez achou por bem dar uma completa
Tertúlia no ponto intermédio da descida, as emoções estavam ao rubro!
Os 2 km finais foram feitos a voar!
O piso ficou mais regular, numa sequência de curvas e lombas que nos deram a sensação que íamos a flutuar, muito bom!
E terminamos com 44 km, no ponto de partida
 Los Baños, Lobios, que mais parecia um dia de agosto.
Tomamos um reconfortante banho, vestimos roupa limpa e cheirosa e ...
Tapas!!