Grande Rota do Zêzere

Este fim-de-semana, deixamos o habitual enduro e, em modo cicloturismo familiar, rumamos à zona Centro para percorrer a Grande Rota do Zêzere (GRZ).

A GRZ começa na nascente do Rio Zêzere, no coração da Serra da Estrela e vai até à foz no Rio Tejo, em Constância, são cerca de 360 km. Nesta nossa aventura fizemos parte, talvez a melhor, cerca de 160 km entre o Covão d'Ametade e Álvaro, junto à Albufeira da Barragem do Cabril.

Manuel, Pedro, Vera, Paulo e Xana, o grupo à partida.

Fim de tarde de sexta-feira, em Guimarães. Tudo pronto para a grande aventura ...

Sábado, 8 de junho, Manteigas. Vamos a isso!

Dia 1 - Covão d'Ametade / Tortosendo
72 km, média 16,2 km/h

Lindíssimo local de partida, junto à nascente do Rio Zêzere, no Covão d'Ametade.

Quem? Onde?

A Clássica (vem em todos os catálogos e livros escolares)

Apesar de estarmos em junho, a temperatura esta manhã rondava os 8º.

Nel, que neste primeiro dia esteve solteiro ... e ...

Casal Caetano

Lindo, lindo!

Depois de um pouco de estrada, porque a primeira parte do trilho estava fechada por falta de manutenção, entramos no percurso

Até tivemos direito a uma pequena descida técnica um pouco antes deste caminho

Nel, em toda e qualquer paragem consulta o seu iPhone

Xana e sua logística pendurada no guiador, incluindo o impermeável às bolinhas ...

Paragem junto a uma casa pitoresca quase a chegar a Manteigas

 Telhado de colmo e umas esculturas muito curiosas

O trilho era suave e ...

 ... rapidamente estávamos em Manteigas.

 Manteigas

À saída de Manteigas a subida é dura!

A diferença de cota é evidente.

Entre Manteigas e Vale da Amoreira ...

... fizemos uns singletracks ....

 .... bem bonitos ...

... e técnicos.

Logo a seguir à pista de gelo artificial, o caminho tornou-se ainda mais técnico.

Vera e a Xana, optaram por seguir pela estrada até Vale da Amoreira, e nós ... 

MTB mode e siga!!

Paulo.

Depois desta trialeira, seguiu-se um singletrack a descer muito técnico e divertido.

Caminhos fantásticos onde a floresta é autóctone.

O almoço foi em Vale da Amoreira, na Taberna Ideal.

O dono da Tasca sentou-se na nossa mesa, decidiu o nosso menu, levantou-se e lá foi tratar da nossa vida. Muito bom! 

Peixinhos do rio, picapau de carne, queijo da serra, batata frita e pão. 

Passagem por Valhelhas onde havia um festival de música eletronica.

Estivemos quase para perder dois elementos do grupo!?

Daqui para a frente, deixamos a Serra e entramos no vale, mais plano e mais agrícola. 

Muitas cerejeiras ...

... muitas paragens ...

... para comer cerejas!

O que por momentos pareceu uma atitude antissocial ...

 ... manifestou-se como um momento de ternura do Casal Machado.

Aqui já nos trilhos perto da Covilhã, onde passamos por imensas plantações de pêssegos.

Onde já levávamos mais de 50 km nas pernas

Mas a descontração era evidente

Umas ruínas muito curiosas, junto à Linha da Beira Baixa, perto de Carregal.

As nossas meninas

Entre Carregal e Tortosendo a paisagem tornou-se mais seca, até parecia que estávamos no Alentejo. 

Campos e campos de cereais

Paragem para uma pequena pausa no Retiro do Caçador, junto à Ponte Romana de Lamaçais. 

72 km depois estávamos em Tortosendo, na Villa Silene ... o nosso destino de hoje.

A vontade era mesmo de relaxar ...

Pouco tempo depois chegavam os restantes elementos, a Belinha, o Carlinhos e a Raquel, e finalmente o grupo ficou completo.

 

Os simpáticos proprietários da Villa Silene serviram um delicioso jantar, que depois se prolongou noite dentro numa amena cavaqueira amaciada com licores caseiros ...

9 de junho, dia 2 - Tortosendo / Janeiro de Cima
57 km, média 14,9 km/h

Foto de família à partida
Villa Silene, um local a revisitar.

A paisagem semelhante ao final do dia anterior (como seria de esperar).

Passagem inferior à Linha da Beira Baixa.

A seguir a Peso a paisagem volta a ficar mais florestal e as subidas mais difíceis ...

Serra da Estrela sempre como pano de fundo

Fantástico

Subida difícil, mas não meteu medo a ninguém ...

Nel, que neste 2º dia já não estava solteiro ... e ...

Paisagens fabulosas.

Vera aproveitou a paragem para dar um toque mais feminino à bicla ...

Mais um trilho magnífico

Aqui já na companhia da Belinha

Casal Caetano sempre na liderança.

Belinha, ainda em fase de adaptação à máquina ...

Xana, hoje de Specialized, o que queria era trilhos difíceis!

E venham eles!!
Vieram ...

As máquinas e a natureza

Paulo, no final de uma descida muito rápida, mas igualmente muito divertida.

Até a Vera se entusiasmou e vinha cheia de gás ...

Grande Rota

Pausa à sombra para restabelecer energias e emoções, que foram fortes nas descidas que se antecederam ...

Entre Barco e Ourondo o trilho estava fechado, por falta de manutenção.

Tivemos de subir à estrada e fazer uns quilómetros pela estrada até Barroca ... e pelo caminho apanhamos cerejas.

Praia fluvial de Barroca, onde já estava o Carlinhos e a Raquel à nossa espera ...

... um local maravilhoso e um magnífico pic-nic na mesa.

A isto chama-se assistência de 1ª Categoria, um verdadeiro luxo!!

Faltavam cerca de 20 km para o final ...

... e, talvez face às anunciadas subidas, a parte feminina do grupo decidiu seguir pela estrada e os Gajos seguiram o trilho.

E de facto, as subidas foram a doer ...

... mas passamos por sítios engraçados ...

(mais engraçados para uns do que para outros)

... como este em Dornelas do Zêzere

Mais à frente por este, muito, mas mesmo muito bonito

Muito bom.

Entretanto, e pela estrada, as paisagens não eram piores ... até porque eram vistas mais de cima.

Trio maravilha!

No Miradouro da Sarnadela

57 km depois, Janeiro de Cima, na Casa de Janeiro.

Por aqui é assim ...

E as as pessoas também são mesmo muito acolhedoras e simpáticas

Enquanto três desgraçados foram buscar os carros a Tortosendo, o resto do grupo foi para o Largo da Igreja de Janeiro de Cima para a festa da aldeia.

Um brinde!!

Raquel, Belinha, Xana e Vera

O jantar foi no Restaurante as Beiras junto à Barragem de Santa Luzia, onde comemos, ou devoramos, umas maravilhosas costeletas de vitela.

E para a digestão uma aguardente de medronho

Nel, by Belinha.

10 de junho, dia de Portugal e de Camões e dia 3 da nossa grande aventura.
Janeiro de Cima / Álvaro
28 km

O terceiro dia fica marcado pela ausência da presença feminina nos trilhos, o que se veio a revelar uma opção muito sensata face à dureza dos mesmos.

De facto quem vem fazer esta rota a pensar em trilhos relativamente planos nas margens do rio Zêzere vem enganado ... longas e difíceis subidas é o que vão encontrar a partir de Cambas.

Pouco passava das 10 da manhã e deixamos Janeiro de Cima para trás, ou melhor para baixo ...

Depois de uma trialeira com pouco mais de 800 m, já o rio estava muito lá em baixo!

Momento Manelfie

Nel, no final da trialeira

Passagem junto às gargantas do Zêzere

Entre Cambas e Álvaro, na zona de Pampilhosa da Serra a paisagem é desoladora ...

... não só pelo que resta dos incêndios de 2017, mas sobretudo por se perceber que dentro de pouco tempo tudo voltará a acontecer.

São hectares e hectares de eucaliptais ....Uma tristeza!

Passagem por uma pequena aldeia onde arderam todas as casas e queimadas continuam

As biclas estavam da cor da terra

Nesta zona, já perto de Álvaro, fizemos um singletrack muito divertido

Já visível a falta de manutenção do trilho e o crescimento de espécies exóticas

Não faltará muito e também o trilho nesta zona ficará fechado ...

Medronheiro é a única espécie autóctone que tenta vingar na paisagem.

Com o "material ciclante" já pronto para seguir para casa ...

... a manhã foi dedicada ao passeio turístico.

Praia fluvial de Janeiro de Baixo

Relax

Amena cavaqueira

Vista à Casa das Tecedeiras

Fotografias artísticas

E entretanto os ciclistas estavam no destino, e tal como prometido à partida ...

... mergulho no Zêzere.

Fechamos com mais um maravilhoso pic-nic, junto à Albufeira da Barragem do Rio Cabril, em Álvaro.

Aqui já no café de encerramento.

Fica o símbolo desta nossa fantástica aventura: a cereja.

Comeram-se quilos ...

Obrigado a todos, e um agradecimento muito especial ao Casal Carlinhos e Raquel, pela paciência, dedicação e os maravilhosos picnics que nos prepararam.

 

Venha a próxima, que já tenho saudades!